A revista DE RAÇA conversou com alguns participantes do último evento realizado no Parque Cinófilo Silvio Azevedo, sobre a presença de cães da raça Boxer nas exposições. Sabe-se que a raça é uma das mais premiadas nas disputa, tendo uma concorrência bem acirrada e quase todos os eventos apresentam exemplares de Boxer nas finais.
Para falar do assunto, foram selecionados um “handler” e um criador de ponta na raça Boxer. São eles: o Sr. Wladyr Araujo de Magalhães Uchoa e o Sr. Mário Henrique, do Ailas Kennel, respectivamente.
DE RAÇA: Desde quando é Handler?
Wladyr Uchoa: Iniciei na Cinofilia em 1986 criando e apresentando meus Huskies Siberianos. Apresentei meu primeiro cão profissionalmente em 1989, era uma fêmea Boxer de nome Jovilea`s I`m a Wildthing “Jenny”. Já se vão 20 anos.
DE RAÇA: Quais raças que você vem apresentando?
Wladyr Uchoa: Sou um handler que tenta mostrar todas as raças, aquelas que nunca tive contato busco informações a respeito e tento realizar o trabalho, mas sempre deixando os clientes cientes do grau de conhecimento. Atualmente tenho mostrado Boxers, Filas, Rottweilers, AmStaffs, Pointers, Cockers e Frenchies.
DE RAÇA: Como tem sido a participação da raça Boxer nas exposições?
Wladyr Uchoa: A raça Boxer sempre tem uma presença muito efetiva nos rings. Acho que no momento estamos em um processo de se firmar como criadores. Anos atrás, tínhamos muitos cães importados em pista, coisa que ainda temos, mas em contra partida estamos vendo mais cães de criação nacional disputando em igualdade de condições com esses cães de criação estrangeira. Esse processo de mudança interfere diretamente na qualidade e na quantidade de cães em pista, quando firmarmos mais as características que buscamos no "Boxer ideal" teremos uma homogeneidade maior e uma disputa ainda mais acirrada.
Para falar do assunto, foram selecionados um “handler” e um criador de ponta na raça Boxer. São eles: o Sr. Wladyr Araujo de Magalhães Uchoa e o Sr. Mário Henrique, do Ailas Kennel, respectivamente.
DE RAÇA: Desde quando é Handler?
Wladyr Uchoa: Iniciei na Cinofilia em 1986 criando e apresentando meus Huskies Siberianos. Apresentei meu primeiro cão profissionalmente em 1989, era uma fêmea Boxer de nome Jovilea`s I`m a Wildthing “Jenny”. Já se vão 20 anos.
DE RAÇA: Quais raças que você vem apresentando?
Wladyr Uchoa: Sou um handler que tenta mostrar todas as raças, aquelas que nunca tive contato busco informações a respeito e tento realizar o trabalho, mas sempre deixando os clientes cientes do grau de conhecimento. Atualmente tenho mostrado Boxers, Filas, Rottweilers, AmStaffs, Pointers, Cockers e Frenchies.
DE RAÇA: Como tem sido a participação da raça Boxer nas exposições?
Wladyr Uchoa: A raça Boxer sempre tem uma presença muito efetiva nos rings. Acho que no momento estamos em um processo de se firmar como criadores. Anos atrás, tínhamos muitos cães importados em pista, coisa que ainda temos, mas em contra partida estamos vendo mais cães de criação nacional disputando em igualdade de condições com esses cães de criação estrangeira. Esse processo de mudança interfere diretamente na qualidade e na quantidade de cães em pista, quando firmarmos mais as características que buscamos no "Boxer ideal" teremos uma homogeneidade maior e uma disputa ainda mais acirrada.
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DE RAÇA: Como o Sr. está vendo o Boxerismo a nível nacional e na região Nordeste hoje?
Mario Henrique: Acho que nos últimos anos a raça entrou num processo de decadência. Os criadores, na maioria das vezes, pensam em ganhar e não em produzir cães de qualidade. É muito fácil comprar cães, basta ter dinheiro. Mas, para produzir bons cães é preciso muito trabalho e estudo genético.
DE RAÇA: Quais são os maiores problemas que Sr. aponta na raça Boxer aqui no Brasil e no Nordeste?
Mario Henrique: Primeiro vamos falar do Nordeste. Se olharmos para os cães em pista hoje, não encontramos nenhuma característica comum, então o que poderemos conseguir com tantas disparidades? Outro ponto de vista é sobre o que acostumamos ver no passado com os cães da linha de sangue Elharlen’s que vieram para o Brasil. Cães robustos, fortes e grandes. Com isso, os criadores fizeram um trabalho para aumentar cada vez mais o tamanho dos Boxers, isto é errado. O padrão do Boxer determina alturas máximas e mínimas. No sul do país, também acontece a mesma coisa, porém em menor proporção.
DE RAÇA: Este ano o Sr. está disputando o ranking com um cão de linhagem argentina que vem apresentando excelentes resultados nas pista nacionais. Esta feliz com isso?
Mario Henrique: Claro que sim. Seria hipócrita se falasse o contrário. Mas, saibam que o meu maior interesse não é o que este cão vai ganhar e sim o que ele vai trazer de útil no meu trabalho de criação. Não poderia de deixar de falar do “handler” que apresenta o cão, Oiram Filho. Sem ele nada disso estava acontecendo. Pensem que o “Rico” sem o Oiram não teria todos estes resultados.
Mario Henrique: Acho que nos últimos anos a raça entrou num processo de decadência. Os criadores, na maioria das vezes, pensam em ganhar e não em produzir cães de qualidade. É muito fácil comprar cães, basta ter dinheiro. Mas, para produzir bons cães é preciso muito trabalho e estudo genético.
DE RAÇA: Quais são os maiores problemas que Sr. aponta na raça Boxer aqui no Brasil e no Nordeste?
Mario Henrique: Primeiro vamos falar do Nordeste. Se olharmos para os cães em pista hoje, não encontramos nenhuma característica comum, então o que poderemos conseguir com tantas disparidades? Outro ponto de vista é sobre o que acostumamos ver no passado com os cães da linha de sangue Elharlen’s que vieram para o Brasil. Cães robustos, fortes e grandes. Com isso, os criadores fizeram um trabalho para aumentar cada vez mais o tamanho dos Boxers, isto é errado. O padrão do Boxer determina alturas máximas e mínimas. No sul do país, também acontece a mesma coisa, porém em menor proporção.
DE RAÇA: Este ano o Sr. está disputando o ranking com um cão de linhagem argentina que vem apresentando excelentes resultados nas pista nacionais. Esta feliz com isso?
Mario Henrique: Claro que sim. Seria hipócrita se falasse o contrário. Mas, saibam que o meu maior interesse não é o que este cão vai ganhar e sim o que ele vai trazer de útil no meu trabalho de criação. Não poderia de deixar de falar do “handler” que apresenta o cão, Oiram Filho. Sem ele nada disso estava acontecendo. Pensem que o “Rico” sem o Oiram não teria todos estes resultados.
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